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Lançar água da chuva na rede de esgoto é ilegal e provoca estragos

Água da chuva é na enxurrada e não na rede de esgoto. Mas tem gente que junta tudo em um cano só. O resultado, além de ser contra a lei, provoca estragos. A questão é que esse expediente antigo foi aplicado na construção de muitas residências do município. E o que parece estar escondido no período de estiagem surge quando os ralos transbordam com as fortes chuvas.
Apesar das campanhas educativas lançadas pelo SAEF – Serviço de Água e Esgoto de Porto Ferreira, com o objetivo de eliminar de uma vez por todas as ligações hidráulicas irregulares das residências que jogam água da chuva na rede coletora de esgoto, os problemas continuam.
O mais recente ocorreu esta semana no número 253 da Rua Leonice Ferreira Dias, no Jardim Aníbal. O volume de água da chuva fez retornar o esgoto na residência, inundando o local. Também houve vazamento através do poço de visita, deixando o esgoto a céu aberto. A galeria de esgoto cedeu e precisou ser reparada.
“Isso acontece quando nossas redes coletoras enchem, principalmente nessa época do ano em que as chuvas são mais intensas”, afirmou o Superintendente do SAEF, Beto Utinetti, que esteve no bairro na segunda-feira, 03 de janeiro, vistoriando os serviços.
Quando o problema acontece, nas regiões mais baixas da cidade, o esgoto vaza pelos poços de visita, colocando a população em contato direto com microorganismos que causam doenças de pele, diarréia, leptospirose, hepatite, entre outros males.
Em Porto Ferreira, não se sabe exatamente o número de residências com ligações da água das chuvas conectadas diretamente à rede de esgoto. Por outro lado, o SAEF procura conscientizar esses proprietários de todos os males causados à comunidade pela irregularidade. 
“Nós procuramos ajudar e sugerimos a instalação de válvulas de retenção, mas a cidade ainda possui esses problemas”, afirmou o Superintendente. Entre os pontos críticos está a Vila Maria, na parte mais baixa do bairro, próximo do Córrego Brejo Grande.
Beto Utinetti concorda que precisa haver maior fiscalização, mas acredita que o proprietário deve entender que é necessário refazer a ligação nas residências, separando a água da chuva da rede de esgoto. “Caso o imóvel despeje água da chuva na rede de esgoto, o morador poderá acionar uma equipe técnica do SAEF que dará todo o suporte para que efetue a regularização de forma adequada”, concluiu o Superintendente.
 
07/01/2011